sábado, 4 de abril de 2009

Presentinho de Dionísio!

Efxaristo, Dionísio!

Primeiro eu pensei em falar sobre a Delphinia, foi o Ritual com direito a comilança, dança, transe e tudo! Tive um sonho todo especial depois, que embora não fosse nada relacionado com o esplendor dos deuses, estava intimamente ligado com as minhas questões pessoais que lancei no ritual. Claro que eu pensei muito em Delfos antes de criar o ritual e segundo minhas parcas informações, esse era o lugar aonde as pessoas iam para resolver seus impasses, como eu também tenho os meus, me baseei nisso para terminar de formar o meu ritual. Foi lindo!
Porém, na manhã do dia de Delphinia, não era em meu amado Febo Apolo que eu estava pensando, mas sim no meu doce e risonho Dionísio. Dionísio se transformou sem sombra de dúvida no meu Deus libertador, acho que logo- logo ele estará sentadinho ao lado de Apolo em minha devoção particular. Então, ainda na manhã, eu peguei um gostoso cacho de uva verde que estava na geladeira de casa e prontamente eu pensei em Dionísio, Ele que tem me aliviado em meus momentos de angustia, e então eu pensei: “Por que não uma prece bem feita em agradecimento?”. Foi o que eu fiz!
Foi com coração sincero que comecei recitar os Hinos Homéricos, berrar Evoé em plena oito horas da manhã, para chamá-lo em seguida pelos seus epítetos e agradecer por tudo o que tem feito. Não era minha intenção inicial, mas como se fosse algo completamente intuitivo, iniciei uma pergunta do tipo: “O que eu te pediria? Eu que tenho muito que agradecer, não o que pedir? Sinto-me até incomodada a pedir a quem me faz tanto”. Mas, como que impulsionada pedi algo muito bobo, mas que daria um ar um pouco mais alegre a minha vida. Dormi logo em seguida e deixei a velinha lá queimando ao lado do cachinho de uva, tudo muito simples. Na quinta-feira, dia de Apolo, eu nem me lembrava mais que eu tinha pedido algo para Dionísio, aliás eu estava toda impregnada com a energia da Delphinia, mas me sentia meio jururu. Recitei os Hinos Homéricos de Dionísio e Apolo e lá eu fiquei ouvindo musica.
Quando eu fico assim meio down, eu prefiro me isolar, mas naquele dia ao contrário, eu insistia em lutar contra aquilo e sair, ao menos para caminhar, ou conversar com as amigas. Duas horas tentando me convencer de que sair era o melhor mesmo e lá fui eu pra casa de uma amiga, depois decidimos ir pra um barzinho beber um chop e ficar relaxada, e lá foi que aconteceu aquilo que eu pedi para Dionísio, mas eu sequer me dei conta no momento. Quando eu cheguei em casa e me deitei na cama, olhei para o meu pequeno altar e entre as coisas de Apolo, estava o cachinho de uva de Dionísio e eu pensei: “Pelos deuses! Não foi que Ele me atendeu mesmo!” Saí gritando em plena madrugada, totalmente ensandecida “Efxaristo, Dionísio! Efxaristo, Dionísio!” E tudo o que eu bem queria fazer era ficar gargalhando (doida mesmo).
É, às vezes os deuses tem de ficar empurrando essas malucas tipo eu, que pede as coisas, esquece e depois nem se dá conta de estar recebendo uma graça! Vivendo e aprendendo!

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